quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Relatos de alguns Atletas sobre sua Preparação Psicológica!


“O banho da tarde é sempre mais longo, 22 minutos, mais ou menos, e não é para me acordar nem me limpar. O objetivo do banho da tarde é me injetar ânimo, me dar instruções. É nessa hora que começo a dizer coisas, de vez em quando maluquices, repetindo diversas vezes, até acabar acreditando. Durante minha carreira, venci 869 jogos, fiquei em 5º. lugar na lista dos melhores tenistas de todos os tempos, e muitas dessas partidas foram ganhas durante a ducha vespertina. Com a água fazendo barulho nos meus ouvidos (um ruído que lembra o som produzido por 20 mil fãs), lembro de algumas vitórias especiais. Não vitórias que ficaram na memória dos fãs, mas sim as que ainda me fazem acordar no meio da noite. Squillari, em Paris, Blake em Nova York, Pete, na Austrália. Depois me lembro de algumas derrotas. Sacudo a cabeça de frustração. Digo a mim mesmo que a partida de hoje a noite será uma espécie de exame o qual me preparei por 29 anos. Seja o que for, já passei por isso pelo menos uma vez na vida. Se for uma prova de resistência física ou psíquica, não será nada de novo.”ANDRÉ AGASSI

“Sinto-me aliviado...tem sido o ano mais estressante que já tive (ano que conquistou seu 10º. título mundial, aos 38 anos). As pessoas dizem que na minha idade, eu não deveria estar fazendo isto. E todos os novatos estão melhorando, então é um desafio você acreditar em si mesmo e não no que as outras pessoas falam. Não é uma onda, não é uma manobra, não é um evento. É uma coisa de um ano inteiro. Mas eu sei como focar, de modo que deu tudo certo e estou muito aliviado.  A onda que me possibilitou essa conquista foi a primeira nas quartas de final contra Adriano de Souza, embora não tenha obtido um 10, esse foi o estímulo que eu precisava para vencer o título, e após esta primeira onda senti uma sensação de alívio. Eu ainda tinha que vencer a bateria, mas estava muito relaxado e sentia que tudo começava a fluir em meu caminho.” KELLY SLATER

“A preparação de dois anos nos EUA foi fundamental para o meu crescimento. Além da técnica, aprendi demais no psicológico, ou seja, formar uma cabeça mais vencedora. Este é ponto. Lidar com a pressão e conseguir algo mais com a cabeça forte.” THIAGO PEREIRA (medalha de prata na natação em Londres)

“Treinei bastante minha série, mas o principal foi treinar o psicológico, que é o que na hora pega. Quando você vê o publico, acaba se sentindo um pouco nervoso.” ARTHUR ZANETTI (medalha de ouro na ginástica/argolas em Londres).

Esses atletas campeões incluíram, paralelamente, ao seu treinamento físico, o seu treinamento psicológico, buscaram trabalhar a mente e as emoções, melhorar nesse aspecto, interferindo significativamente no seu treino diário e nas competições.
Os fatores psicológicos relacionam-se entre si, a motivação, por exemplo, tem relação com a autoconfiança, com o estabelecimento de objetivos e com a percepção: da capacidade de atingir o resultado esperado, da crença da eficácia de um treino e do valor do esforço. É essencial quando avaliamos o potencial de um atleta, conhecer o que ele quer com seu comportamento esportivo (objetivo) e o como ele vai fazer para atingí-lo. Verificar sobre o que realmente o ajuda e o que o atrapalha no caminho em direção à sua realização esportiva. Levar em consideração as suas realizações passadas, tudo o que ele já superou e atingiu durante a sua carreira. Agregando todos esses aspectos podemos contribuir de forma expressiva para a melhoria contínua do desportista.


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